quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Máquina do tempo


Mal-compreendido
Incompreensível
Cabeça-Dura
E outros termos do tipo.

Talvez seja um castigo,
Dos tempos atuais
E dos valores atuais.

Não consigo entender muitas coisas,
Os anos se passam,
E a modernidade traz pra mim,
Infindáveis incompreensões.

O amor se repete,
O amor se acaba,
Um outro amor.
Tudo isso existe hoje em dia,
Mas confesso nao concordar com nada.

Os amores vão,
Os amigos ficam.
Mas os amigos,
Dormiram ao teu lado?
Casarão com você?
Irão dividir sonhos de filhos,
De amor e dedicação?
Não.

Mas,
Ainda sim nos tempos atuais,
Os amigos estão substituindo,
Sonhos,ilusões e desilusões.

Assim,
O romantismo a cada dia morre,
Ficando um realismo tênue e voraz.

Que me desculpe meus amigos,
Mas amor é amor,
Cumplicidade é cumplicidade.
E amizade é amizade.

Melhor largar a farmacologia,
Os versos,
Seguir a engenharia,
Construir a máquina do tempo,
E voltar para os braços dos valores antigos.

Quiçá exista ainda uma jovem,
Que tenha a mesma antiguidade moral do que eu?!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Adeus.


Não dá mais pra ouvir certas coisas
Ler certas coisas
Considerar o desconsiderável.

Acredito que serás amada
De verdade,
Pois tudo que eu fiz,
Não foi o suficiente,
Pra você ver seus erros,
Seus medos,
E seus devaneios.

Fica a tentativa de uma amizade,
Que com o tempo se consolidará,
Meu amor por você,
É como o alcoolismo.

Trata-se dia após dia
Com frieza
Com poucas palavras,
E muita imparcialidade.

Você merece as pessoas que tem,
E não me merece.
Assim sendo,
Nunca pensei em dizer adeus.
Mas já fiz as malas,
E chegou a hora,
De virar a página.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Chuvas que voltam


Hoje está sol,
Mas virão chuvas,
Nuvens escuras,
É o conhecido novembro.

Um mês que me remete ao não,
À negação,
E a completa desistência de sonhos passados.

Queria eu ter amnésia de imagens,
Queria eu,esquecer essas paisagens
Essas passagens,
Essas aberrações de um sentimento um tanto equivocado.

Não meu,
Estou aqui,Cumprindo minha promessa.
Sozinho na minha própria festa.

Mas novembro me trará,
De volta a realidade,
De volta a frieza e à seriedade.
E principalmente,
Honestidade,
Com o meu amor-próprio.

Era pra escrever esses versos um mês antes
Mas escrevi bem antes,
De cair de novo,
No que foi minha perdição passada.


O que os olhos vêem,
O coração sente,
E o amor entra em coma profundo.

Definitivamente,eu nunca me recuperei.

sábado, 11 de setembro de 2010

Protegido.


Benzido por iemanjá e por todos os santos.

Protegido das menos favorecidas intelectualmente,
Das que duvidam da minha índole,e das que nada acrescentam na vida de um ser.

longe de interesseiras,sem caráter,pseudo-românticas e anti-românticas.

Guardei,
Bem guardado,
No assoalho,
Do meu carro.

Escondi,
No meu guarda-roupa de marfim,
Por entre as flores do meu jardim.

Plastifiquei meu coração.
Pus durex,fita adesiva,e um botão.

Mergulhei,
E coloquei num baú,
Minhas emoções e minhas lamentações,
Embaixo do coral mais venenoso do meu mar.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sem assustar a ti.


Não foi pra te assustar.
Foi pra te aproximar.
De mim,em algum lugar.
Sem porquês,sem justificativas.

Tão cedo?
Pra um novo começo,
Não há tempo,
Há pressa,
Pra chegar a algum lugar,
Sem querer te assustar.

Não vim aqui pra passar seu tempo
Ou pra você perder seu tempo,
Nem te aborrecer,
Nem te enlouquecer,
Muito menos pra te assustar.

A sua voz?
Não conheço.
Mas não me assustarei,
Pois você vai me aproximar,
De você,em algum lugar.

Cheguei bem mansinho,
Sem fazer zuada,
Lentamente me aproximo,
E te suurpreendo,
Sem assustar,
Apenas,para teus lábios tocar.

Infelizmente mostrei pra você,
Se te assustou não sei,
Só sei que é tu que me assustas,
Com frieza em demasia,
Mas sigo na tentativa,
De chamar tua atenção,

Seja com um grito,
Ou com uma canção.
Sem assustar,pra conquistar,
Seu congelado coração.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O pouco que vira muito.


Fale pouco,mas fale ao menos certo.
Estude pouco,mas seja auto-sustentável.
Fale baixo,Mas para que todos te entendam.
Chore devagar,para as pessoas saberem o que você sente.

Ande pouco,mas ande com direção.
Escreva o básico,mas que seja sincero e objetivo.
Faça um ato,e este ato seja o maior da sua vida.

Se declare no início,pra você não ver fim.
Não vá tirar satisfação,espere paciente o que Deus te reserva.
Sonhe pouco,idealize mais.

Seja limitado,mas com o máximo de dedicação.

Não uma vez na vida cafajeste,pra a maioria te respeitar.
Sinta menos,escute menos,responda menos.
E viva,muito mais.