quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um burro feliz


É tudo um sonho.
Idealizei e até pedi,
Para a suposta trovadora não ir embora.

Eu que vi o que vi,

Passei o que passei,
Destrui passados meus,
Abri caminhos,
Portas,
Com ou sem minha maturidade.

No conto de fadas que eu achava que eu vivia,

Eu conhecia uma moça,
Que caía de cabeça em tudo,
Sem garantias,
Porque o amor,não exige garantias.

Sem certezas,
Porque só o que é certo na nossa vida,
É a nossa morte.

O amor não é certeza,

Não é claro e objetivo,
E só se ama,quem se joga,
Sem pensar nas conseqüências.

Mas o tempo passou,

E depois de tudo no direito ela achou,
De acabar tudo.
E me viu pedir por um tudo,
Para não ir embora.

O trovador foi escondido,

Por não dar garantias,
Por não dar certezas,
As quais ele já dava,
No mundinho dele.

Planos feitos de uma maneira rápida e avassaladora,

Nem isso foi capaz,
E a moça queria mais,
E se não tinha,
Não via necessidade para tanto.

Mas ela não tem culpa,

Ela não é trovadora,
E vive no mundo de amores,
Que acabam,que se limitam.

A culpa sempre será do trovador,

Que sempre será exagerado,
Que fará confusão por nada,
Onde o nada pra ele é a própria vida.

Esconder-me foi a solução da preferida,

Pois ela precisava,
Da tão esperada,
Garantia.

E o melhor de tudo,

Quem se ofende,
É quem não entende,
O valor de um trovador.

Talvez eu não tenha sido inteligente o suficiente.
Mas pra mim,o amor é ter em mente,
A dúvida de uma escolha

E aqui fico eu,

Esperando o trem partir,
Ou me partir
Com o coração partido,
E mais uma vez,
Sem partido.
E nas tempestades que eu fiz,
Afoguei-me de tanto amor.

Amor de idade média,

E eu Sinto muito,
Não entendo os valores atuais.
Morre-se só aos poucos.
Ser dispensável,
Pra mim é costume.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que belas palavras!!!
Adorei seu cantinho!
Permita-me seguí-lo...
:)