terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Uma dor já conhecida



Em toda a minha vida,
Segue-me uma conhecida,
A mais amiga.

A dor...
Do desafeto,da solidão,da ingratidão,
A dor de não ser valorizado,
Desprezado e desnorteado

Coleciono frases ditas em bocas profanas de amor:
-Fique longe de mim!
-Cortarei o mal pela raíz.
-Não tenho pena de você.
-Mentiroso.
E tantas outras.

Coleciono também,
Mulheres que dizem 'eu te amo'
Mas se enganam,
E machucam,ferem ou não fazem nada.
Falam,mas nunca fizeram.
E um dia,de alguma forma,serei esquecido.

Essa dor,
Conhece as facetas do amor,
Onde os tapas,
Feridas e mágoas,
São mais reais,
Do que as declarações e ilusões,
Faladas pela boca de tristes donzelas,
Que se dizem inocentes.

É um fim conhecido,
E eu não vejo novidade nisso.

Lamentável,
Que o primeiro amor,
De um trovador,
Seja sua maior queda.

Tudo tende a se tornar,
Um desastroso passado a ser esquecido em outra vida.
Ou não.
Enfim,o amor é único.
Não tive o que sonhei,
Mas amo o gosto do limão-lima.

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