sexta-feira, 29 de abril de 2011

Nota-me






Será que meu sacrifício foi em vão?
Meu romantismo todo foi ao chão?
Sim ou não?

Eu ainda existo sabia?
Tens meus números?
Eu tenho seus números,
Até o número que você calça,
E me lembro de todas as vezes,
Que tirei sua calça,
E te amei.

E eu nem sei,
Nem sei como continuar esses versos,
Melhor meditar,
E sussurrar,
Para que algum anjo me traga você.

Não tenhas amnésia,
Saia da festa,
Fique séria,
Me telefona,
Me manda um telegrama,
Me enxerga,
Com ou sem ênclise,
Escreverei até você não me esquecer.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Meio amargo por fora,doce por dentro






Poderia ao menos te levar pra aula?
Te ver não é tão fácil,
Te ter me parece um pouco longe.

Mas eu sigo você,
Nas brechas de estradas sinuosas.
Estudando Bansky,
E sendo o próprio artista,
Criticando os falsos amores.

Poderia eu,
Firmar uma parceria,
Portinari e eu,
Você me beijando num museu.

Como vai você?
Suas aulas?
Seus dias?
Sua curvas,
Que espero um dia percorrer.

Platônico?
Não,
Minha vontade de ter você,
É forte,
E Não precisa de um tônico.


Esses dias
Quase não falei com você,
Tenho até seu número,
Mas todo príncipe encantado,
Chega na hora certa
Como deve ser,
Pra você jamais esquecer.

Você já deve ter tido algo
 grandioso de alguém...
Mas como diz o mestre Cazuza,
Eu serei pouco
Eu só preciso ser teu pão e tua comida.
E antes de dormirmos dizermos amém.

O que é o amor?
Descobriremos.
Afinal,
Merecemos.

Não fiques surpresa,
Terei uma vida inteira,
Pra te conquistar
O dia inteiro,
Todos os dias,
Dessa nossa difícil vida.

Vida louca,
Espero que ela me leve,
Junto com você.

Quem sabe o mar me traga você,
Numa prancha,
Sentada na areia,
Caminhando por aí,

O que importa,
É ser seu primeiro,derradeiro e eterno.

Pra mim,basta.

sábado, 16 de abril de 2011

Difíceis tempos atuais




Vejo desamores,
Rancores,
Competições,
Falsas dores.

São incompreensões,
São perdas de valor,
Um não-reconhecimento,
E trovadores caindo no esquecimento.

Pra um trovador como eu,
Resta viver,...
...Como réu,
De um mundo atual gritante,
Alarmante,decepcionante.

Seria quase um milagre,
Uma moça milagreira,
Sem milacria,
Sem ser desordeira.

Ela traria risos,
Paz,planos,
Mal falados,
Bem feitos.

Se o milagre não aconteceu,
Do mundo atual irei rir,
Achar tudo normal,
Dizer um “tudo bem”,
E no silêncio pegar meu trem,
Pros valores que ainda existem.

Eu não quero pessoas interessantes,
Eu quero uma interessante e mil deselegantes.
A minha elegância é a dois,
Meu melhor está guardado,
E não são pros dias atuais.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Minhas verdades agressivas




Falei,gritei
Num instante raro,
Inoperante árduo.


Poderia ter ficado calado,
Deixado tudo de lado,
Ser feliz como um belo otário,
E rir com as rosas de primavera.


Mas era tarde,
Quando despejei mágoas,
Fins e afins.


E foi de tarde,
 Já entrando na madrugada,
Daí sumi.
Aparecendo no meu próprio calabouço.


Afinal,
Por que raios abri meus lábios?
Deveria eu ter raciocinado,
E ter racionado,
Meu rancor.


Odeio minha sinceridade,
E tenho pavor das palavras,
Que deveriam se calar pra eternidade.
Fingir é arte.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quando caem as paredes de aço







São infinitas tentativas
Infinitas promessas
Infinitos desejos,
Mas com uma força finita.

Não pensem que sou de aço,
Posso até ser,
Mas não resisto a um fim.

Sim.
Não resisto a um “acabou”,
Não resisto a maus tratos,
Não resisto a dor.

Principalmente se tudo isso,
For algo repetitivo.
Aí meu sonho torna-se meu próprio castigo.

Perco paciência,romantismo,
Decência ,
E sou repleto de intransigência.

Sigo levando ou carregando,
Cruzes bem mais pesadas do que eu possa carregar.
Por paixão,por amor,
Sei lá.

Não se trata de infelicidade,
Se trata de não se tratar de nada,
Semelhante a uma estafa.

Eu realmente depois de fins,
de lutas que não venci,
Perco-me no meu próprio conto.

É como se eu fosse pra outro planeta,
Ou simplesmente sequei um litro e meio de vodca num bar para decadentes.
Como se meus dentes voltassem  a ser de leite,
E eu me sentisse uma criança
Que a  preceptora diz amar,
Mas que não reconhece
 o esforço dela aprender a andar,
Ou aprender a amar.

Eu realmente preciso,
Necessito,rogo,
De cuidados.

Lá ao longe vejo uma dama me olhar confusa,
Difusa,
Sem o menor reconhecimento meu do rosto da desconhecida.

Estranha,as paredes da minha fortaleza caíram,
E já que você me achou no chão,
Não preciso que você me ame,
Apenas me leve para longe,
De tudo que meu trovadorismo não compreendeu.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

No meio da ponte









Ligando meu coração ao meu cérebro,
Conectando meu emocional ao meu racional,
Tenho minha ponte.

É bastante alta,
E sempre está chovendo,
E sempre estou no ensopado.

O caminho do cérebro é uma descida,
Calma  e tranqüila,
Racionalmente leve,
Brisa leve no meu rosto ao descê-la.

No fim da ponte,
Banquinhos de uma velha praça inglesa,
Com uma pilha de livros,
Possivelmente pra ler com alguém,
E viver feliz com esse alguém e seguir a lógica.

A lógica,
Tão tola como seu significado.
Eu sou inlógico.
Certo,não existe essa palavra!
Assim como também não existem regras,mesmice,metodismo e claro, a lógica,
Para mim.

Então,
Decidi dar meia volta e subir.
Vi outra descida,
Cheia de buracos,
E Obstáculos.

E no final dela,
Um belo jardim,
Com as flores mais belas,
E os espinhos mais dolorosos,
Para mim.

Decidi por fim,
Subir,
Ficar no meio da ponte,
Sentei,pensei e decidi.

Já sei pra onde irei,
Mas por hoje,
Sentado aqui,
Permanecerei.