domingo, 11 de março de 2012

Eu que não sei dançar forró




Na época de Shakespeare,
Não existia forró,
Romeu se declarava pra Julieta,
Sem sanfona,sem zabumba,
Sem zuada besta.

Queria eu trocar uma noite de forró,
Por uma de tango,
E que o forrozeiro,
Vá pra caixa bozó.

Calma amigo Uara,
É apenas um desabafo,
Talvez seja até incerto,
Mas não esquente a cabeça não,
Que vai dar tudo certo.

Serenatas apaixonadas,
Nunca teve um trio de sanfoneiro a acompanhar,
E como acabaram as singelas declarações,
Só ficou os pobres trovadores a se lamentar,
Como este que vos escreve.

E por falar em escrever,
O que dizer da letra?
Do "respeito" à figura feminina,
Muitas vezes desmerecida.
Ou então aquela boa e velha,
Dor de cotovelo,joelho e afins.

Até a boemia faz falta,
Os sambas de mesa,
As letras de Nelson,Herivelton , Ataulfo
Que deixavam o romantismo mais astuto.

Um pouco desinteressante para um  homem,
Não ser um bom passista de forró,
Mas de qualquer forma,
Eu tenho dó,
Em você achar,
Que eu ficarei só.



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