quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Suficiente.








Semelhante,
A um dedilhar no violão,
Meus dedos percorrem sua pele,
Branca como a neve.
Puramente limpa,
 e ardente,
Como um vulcão.



Seios macios,
Em uma serenata com meus lábios,
E as horas passando,
Por uma vida inteira.

E meus beijos,
Que descansam em todo o seu corpo,
Milímetro por milímetro.

Estamos sós,
E já são 9 da manhã,
Nem dormimos e já demos bom dia.

Um rádio antigo,
Tocando uma canção de Los Hermanos,
E nosso desejo,
Em não sair da cama,
Dos nossos lençóis,
Dos nossos sussurros.

A delicadeza de gestos,
Em  ver seus cabelos negros,
Deitados no meu peito,
Fazendo-me sentir de fato,
Como um Deus grego.

E voltei a estar dentro,
Descobrindo realmente,
Que não se trata de fazer amor,
E sim,
Percorrer de marte a plutão.

E eu que pensei que Cazuza era um louco,
Acabei sendo da donzela,
Seu pão,sua comida,o lanche e o almoço.

Ah!Minha menina,
Pode descansar agora,
E se fizer frio,
Vou te cobrir,
E se o lençol rasgar,
Meu corpo fará,
Você descongelar.

Tão nova,
Tão sublime,
Que só depois percebi,
Que meses depois,
Éramos três.



2 comentários:

Anônimo disse...

Lindos versos...

Anônimo disse...

O meu olhar te mirava
O teu olhar correspondia
O meu corpo te desejava
O teu corpo não se escondia.
O meu olhar percebia
Que o teu corpo se molhava

O meu corpo não se esquivava
Do teu olhar que me chamava.
Eu ri... tu riste.
Só uma mesa nos separava.
Se a felicidade existe
Era ali que ela se estampava,
No meu olhar que te desejava
No teu corpo que correspondia
No teu olhar que me (ad)mirava
No meu corpo que te percebia.
Cheguei... chegaste.
Perguntei... aceitaste.
Propuseste... aceitei
E saímos de mãos dadas.
O meu carro, o teu carro.
Minha casa ou tua casa?
Não bebi, mas eu não sei,
Porque na hora eu acordei
Meio atordoado e mudo
Sabendo que aquele sonho foi tudo.