segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Poeta em pranto.




Até quando?
Me empurrarás?
Julgarás?
Pisarás?
 
Se é pra ir embora,
Irei com fé,
Força,
E foco no desconhecido.
 
Achas mesmo que mereço?
Achas mesmo que minhas lágrimas são vãs?
Achas mesmo que podes achar,
Alguém tolo como eu?
 
Escutas,
Aqui eu não fico.
E falo o que for preciso,
Pra me defender de teus castigos.
 
Falas de paixão,
Sem nem conhecer o que de fato é.
E açoita o pobre trovador,
Com orgulho ferido de uma mulher.
 
Perdão Deus,
Mas eu não permito,
Que meu trovadorismo,
Seja ferido.
 
Eu vou, eu fui, e sempre irei.
Assim será, assim partirei.
 
Sejas educada,
Dê boa noite ao menos,
Ou boa tarde,
Ou adeus.
 
Exagerado?
Talvez, Cazuza morreu feliz.
Morrerei também.

 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Gravado, tatuado, encravado.


Apagam-se as luzes,
Os postes,
As luminárias,
Os candelabros e velas.

A noite cai e caio em teus braços.
Numa moldura do teu quarto,
Coloco-me em teus passos,
Pronto pra me entregar.

O paraíso é tua cama,
As nuvens, são os lençóis,
E se chover,
É apenas o nosso suor.

Não sei mais se sou teu flerte,
Namorado, amante,
Amigo , conflitante,
Apenas sei... que sou você.

Teus cabelos negros,
Passeiam pelo meu corpo,
E o incenso do quarto,
É nosso cheiro.

Nada será mais romântico,
Simples e objetivo,
Do que meu cheiro encravado,
Nos teus lençóis.

Na colcha da tua cama,
Na tua coxa,
Dentro de você,
No teu íntimo mais casto.

E se eu morrer,
Que tenha encravado em teu peito,
Em tua alma e no teu queixo,
Eu por inteiro.