sábado, 23 de maio de 2015

Conspirações universais


Meu pensamento é forte,
E vai ao longe,
Ao futuro,
ao definitivo,
À você.

Escolhi certa vez um caminho florido,
Com uma linda fauna e flora,
Mas ventos vieram,
Destruíram tudo e fui embora,
Na mesma hora.

Preferi já o deserto,
Com meu cantil de água cheio,
Achei que conseguiria,
Então veio uma tempestade de areia,
E errei feio.

Também preferi mares,
Rios e oceanos,
Com suas calmarias,
Que logo se transformaram em tsunamis,
Que me fizeram abandonar a travessia.

Insatisfeito com tudo,
Busquei o próprio inferno,
Achando que me contentaria com o que não tive,
Mas o diabo me expulsou,
Ou minha vontade de ficar sucumbiu e estornou.

O universo conspira,
E não importa por onde andarei,
Cedo ou tarde,
No mesmo lugar que estive,

Estarei.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Controle descontrolável


Em qualquer lugar,
Eu te quero,
Possuo-te,
e venero-te.

Minhas mãos,
rápidas, mágicas e sucintas,
percorrem toda tua pele,
que é minha.

Quando meu suor,
cola ao teu,
sinto-me impregnado,
por toda a tua alma.

Ver tu perderes a cabeça ,
faz-me esquecer a noção do tempo.
Deixa-me te invadir...
o ano inteiro?

Nasci pra explorar,
com minha boca, espírito,
cada centímetro do corpo teu,
Fazer-te chegar do nada,
ao apogeu.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Inverno


Está olhando pra trás?
Vire pra frente e não chames minha atenção.
Oh! Lembrou-te de algo?

Teu silêncio,
É tão barulhento,
Como uma sinfonia de lágrimas.

Lágrimas que não são tuas.
O que não importa,
já que a vida anda meio torta.

Um frio que corta a pele,
atravessa músculos,
e refrigera o coração.

Não existem versos suficientes a escrever,
Essa baixa temperatura da nossa distância,
Fará até a mais bela árvore congelar e sofrer.

Em zero absoluto
A vida segue imutável ,
E nossas escolhas erradas, inexoráveis.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Por que, João? PARTE 2


De novo, João?
Como tu se prestares a isso?
A ser dispensado assim tão fácil,
a não ter ninguém na sua cama ao seu lado?

Sem estímulo,
sem romantismo,
a donzela mesmo assim reclama,
que João não está como era antes.

Talvez a donzela ache que ele é algum...
programa de computador,
preparado sem sentido algum,
pra apanhar e não sentir dor.

Dias se passaram,
A donzela demonstrou suposta saudade,
João a convidou para estar a noite inteira a seus braços,
mas sua amada preferiu estar em outra localidade.

Sem absolutamente nada a favor pra continuar,
João começa a perceber,
que o amor pela donzela vem a perecer,
como uma árvore que sem cuidados deve morrer.

Será que nosso João é tão desinteressante?
Por quê ele mais uma noite terá como companhia apenas sua estante?
Por quê se entregou,
pra ver seu coração despedaçar tão constante?

Cazuza tinha um partido de coração partido,
Nosso pobre poeta teve seu coração cremado,
Já está passando na hora de ir embora,
Vai agora ou vai continuar mal amado?

Reage, João!
Não merecesses isso.
Neste caso desamoroso,
Sobrevives de migalhas.

Pare de ouvir,
o que sabes que é mentira.
Esperas em vão, o vinho virar água?
Por que, João?