sexta-feira, 10 de julho de 2015

No lado centro-esquerdo do peito





E então fui acertado.
Entre grosseria e mentira,
Tive meu coração dilacerado,
Uma dor  tão conhecida e já amiga.

Amiga porque sempre aceitei ela voltar,
Voltar pra me desnortear,
Como uma canção que estoura meus tímpanos,
E me destruindo no meu mais dentro íntimo.

Amar não é doer,
Mas amar só,
É sofrer,
É adoecer.

Não existe nenhuma droga pra cura,
Quando a cura é estar sentindo dor.
Chorar, chutar o mundo,
Ter o orgulho próprio, desnudo.

São lágrimas,
Que não mais escorrem.
Pois mesmo que elas se formem,

Irão cristalizar, como meu coração.

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