quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Canção muda









Quando as ondas pararam,
Quando o mar se acalmou,
Larguei minha prancha,
E comecei a compor.

Nas areias está meu piano,
E  nele toco e canto,
E noto que alguém se aproxima.

Ah!
Foi apenas um siri.
E este já se escondeu,
Se escondeu das minhas lágrimas,
Que poderiam inundar sua toca,
Muito mais do que o mar.

A paixão é algo engraçado,
Eu não a conheço,
Mas sempre costumava vê-la na vida de alguém,
Mesmo não acrescentando nada na minha.
É...

Talvez tocar um piano,seja mais arriscado,
Do que entrar num mar,cheio de tubarão.
Até porque,
Tubarão também sabe tocar piano.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Menina de diadema



E você desfila,
E meu olhar é o palco,
Observando cada movimento seu.

Talvez de longe eu disfarce,
Fingindo dar pouca importância aos seus traços,
Mas são esses traços,
Que me lançam em seus braços.

Minha amiga Tamires,
Ao te ver,comentou:
-Ela é linda.

Mas ela,que és tu,
Representa muito mais que mera beleza.
E os dias se passam e eu só tenho a certeza...

...Que espero o tempo que for,
Pela doçura do seu puro e eterno amor.

Poucos versos,
Pouco tempo,
Mas é um pouquinho de mim,
Que ninguém nunca teve.

domingo, 20 de novembro de 2011

Mudando de asunto







Fugir,
Para o mais longe possível.
Esse sentimento que não sei lidar
E nem sei por onde começar.

São aqueles olhos,
Que da cor da selva,
Me prenderam.

Mudando de assunto,
A solidão em quem deveria me ajudar,
Afinal,
Sinto-me deveras bem,
Sozinho,Amém.

E a solidão me oferece colo,
Diversão,
Poesia e canção.

Mas mudando de assunto,
Falei,falei,
E não consegui te tirar do pensamento.

Nos versos eu mudo o assunto,
Mas meu coração so fala um assunto:Você

Bem,sigo minha caminhada sozinho.
Deixa o tempo passar.
Mudar  de assunto...ou não.

sábado, 19 de novembro de 2011

Homem velho sente frio





Sente frio,
Se sente só,
Esquece das coisas,
Ama sem poder amar.

Luta contra enfermidades,
Dores,
Desafetos.


Velhinho que é chorão,
Que é sensível,
E ao se assustar,
Corre pra debaixo do cobertor.

Porque ninguém consegue lhe entender.
Seu romantismo é engraçado,
Sua necessidade de atenção é loucura,
E meus cuidados não são valorizados.

E então o homem reza,
O homem não vai ás festas,
E nas janelas abertas,
Espera sua senhora chegar,
Mas ela não vai chegar.


Mas ele esqueceu que não tinha ninguém.
Aos 26,36,46,56 rima também com 86.
É a mente que envelhece.
Homem velho sente frio.
Eu.




terça-feira, 15 de novembro de 2011

Você,Não!



Completamente errada.
Em suas festas,
Em seu não-romantismo,
Em sua descrença no amor.

Mas confesso que você é um ímã.
Que me atrai,
Magneticamente de uma forma louca e profunda.

Estou me desorientando,
Enciumando-me,
E meus cabelos ficando brancos.

Já fiz versos pra quem te rodeia,
A qual não faço muita questão de falar,
Foi um mero engano aqueles versos,
Mas infelizmente queria eu agora enganando estar.

Medo,desejo,
Uma vontade incontrolável de ver você.
E uma outra vontade maior ainda de sequer ver seu rosto.

Dane-se o que vão dizer.
Me apaixonei por você,
De uma forma sem saída.

Quero,quero,quero muito sua boca e seu corpo.
Mesmo sabendo que poderá ser meu fim,
Mesmo meus amigos dizendo que enlouqueci,
É você quem eu sempre quis.

Quero entrar na sua sala,
Na sua cama,
E com um giz escrever que te quero,
E mesmo que você apague,
Terás o trabalho de apagar e pelo menos verás o que escrevi.

Só posso estar pirando.
Não pode ser você.
Onde os finais de semana que penso,
Você está longe de mim,
Em corpo e pensamento.

Suas amigas não aprovariam,
Meus amigos não concordariam,
Mas meu pensamento teima,
Insiste e persegue você.

Tenho que fugir,
Para o mais longe que eu puder,
E que essa paixão não me siga.

Fazer o que,
Só lamento,
Erroneamente,
 por você.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Não tenho idade




Estou com corpo de 20 e poucos anos,
mas meu coração tem 55 anos.

Não quero ir pra uma boate contigo.
Quero uma rede,um bom vinho,
E te tocar em todos os seus sentidos.

Não  quero dançar o pancadão,
Quero um bolero,Um tango,
Ou seja,uma simples e bela canção.

Não quero ir a um motel com você.
Quero uma praia,um mar,
A luz do luar,
E Deus a abençoar.

Nesses tempos atuais,
Preciso da minha velhinha perto de mim,
Mesmo que você só tenha também,
Seus vinte e poucos anos.

A felicidade não tem idade,
Mas a infelicidade,
Tem idade,malícia e nasce nos dias atuais.
Desculpa,sou antigo.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O que fazer,coração tolo?



Sempre fui culpado por magoar pessoas,
De não querer mais,
E não valorizar.

Mas eu não tenho culpa,
De me apaixonar de verdade.
Mas não tenho mesmo!

Você acha que eu gostaria?
Ficar feito um bobo sentimental,
Que na primeira briga,
Entra num inferno astral?

Ah,Deus!
Sempre soube como agir em todas as situações,
Que vivi.
Mas agora,me sinto como um gato acuado.
Só me sinto assustado.
Sinto-me como um passarinho,
Onde a paixão me prendeu.

Talvez eu não mereça a dedicação da moça,
Talvez a moça queira outro,
E eu entrei de metido nisso tudo.

Acho que meu coração precisará de esparadrapos,
Algodão, Mertiolate,
Pois de paixão muito ele arde.

Não tem jeito.
Entrei,com o corpo,alma e coração.
Só não sei se um dia isso virará amor,
Dor,Ou fervor!
Acredito que a hora seja de recuar,
Rezar,e não enfrentar,
O que nunca conheci.
Esse sentimento,
Que so existiam em versos vazios meus.

Não sei lidar.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Deus capricha












Observarei,
Casais se formarem,
Fotos românticas,
Declarações lindas.

De pessoas,
Que até passaram por mim.
Hoje vivem,
Em outras realidades.

É uma sensação diferente.
A força de Deus me permite olhar,
E simplesmente ficar feliz,
Pela felicidade dos outros.

Certo,
Algumas fotos,
Rezo um terço inteiro antes,
Mas, é isso.

A vida é feita de oportunidades, chances,
Sonhos, e conquistas,
O que se planta e o que se colhe,
O que se aproveita,e o que se deixa passar.

A minha vez talvez demore,
Não porque Deus me esqueceu,
Ele apenas está caprichando.

Otimismo,é uma das dádivas de Deus.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Amor é reticências




Eu te amo,
Eu não vivo sem você.
Mas daí você acaba,
Trai,
Conhece outra pessoa.

Quero casar com você,
Você será a mãe dos meus   filhos,
Acontece que você desiste de tudo,
Vai embora e dane-se.

Trouxe um buquê de flores,
Escrevi cartas,
Mas, me enganei,
Não era você.

E o amor?
Bem,
O amor,não é definido em palavras,
Atos  e tantos momentos.
Quem escreve uma história verdadeira, é Deus,
Nós somos apenas personagens de um enredo divino.

E como podemos definir esse amor?
...
É
Talvez essas reticências sejam representadas diferente.

Não dê um buquê,construa um jardim pra ela.
Não fale,faça um filho com ela e cuide com amor.
Não abandone,case com a benção  de Deus.

E suas reticências,serão eternas.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A paz






Não tenho respostas,
Mas não consigo esquecer o pedido mais lindo que já recebi.
“Deus me pediu pra ficar perto de você,posso?”

É muito fácil compor,
Escrever  pra alguém,
Mas confesso que não tenho tantas palavras pra você.

Então so me resta pedir
Posso ficar perto de você?
Tão sem razão,
E agora me encho de razões,de emoções,
De saudade.

Você me traz paz,
E Deus abençoou,
Não tenho dúvidas.
Não fica longe de mim!

Porque longe de ti,
Uma parte de mim,
Parece não estar aqui.
Você pode me devolver?

sábado, 24 de setembro de 2011

Vem de Deus






Deus tudo sabe,
E Vai chegar o dia,
Que não importa quem eu seja,
O que tenha feito no passado,
Ou presente,
Não importará nada,
Para a mulher de Deus me amar, e não fraquejar.

Falta paciência,
Falta elegância para aceitar falsos amores,
Que eu mesmo cultivei.

Mas agora estou entregue a Deus.
Caçando por toda parte,
Meu melhor eu,
E esse não será de você,
E sim de uma só,
Eternamente.

Ela pode até escapar,mas
Não haverá fim nas distâncias que irei percorrer.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Estradas da vida





Liguei o carro,parti.

Meia-noite na minha cidade,
Logo tenho sono na minha idade,
E carrego pensamentos na minha face.

Percorro ruas,bairros,
Acelero,freio,e sigo com meus pensamentos.

Errei,acertei,me enganei?
Furtei o amor?
Estou parado no sinal,
Olhando o sinal vermelho,
Indicou o verde,
E mesmo assim continuo parado.

Depois de um certo tempo,
Acelero e vou,
Corro,corro,como se buscasse uma contra-mão

Os quilômetros  infelizmente deveras rodados,
Fazem com que as estradas que percorro,
Não tenham segredos,curvas,sinas,
apenas retas.

Fora a falta de emoção,amor,extremo,decepção ou imaginação fértil.
Parece que dirijo a 30 km/hora,quase um tédio.

E eu continuo a dirigir,
Pensar nessas palavras,
E saber que elas não me levarão a lugar nenhum.
Aliás as minhas decisões também não.
E tudo ao meu redor.

Feliz,triste?
Não,apenas dirijo.
Nas estradas da vida,estradas percorridas.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dona






Por esse coração,
Já passou tsunamis,
Vulcões,pesadelos,
Tempestades,Ilusões,
Intrigas,Erupções
Pesadelos,alucinações,
Orgulho,Vendaval,
Fraternidade,inferno astral,
Amizade,Chuva de granizo,
Desejo incontido,
Arco íris,Lágrimas,
Miragem,Fuga,
Uma dança,Uma aurora boreal,
Poeiras de diamantes,Poeira  de declarações,
E tudo passou,Tudo vai passar,
Mas é o mesmo coração,
Que você é dona.


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Respirar


Respirar ares de compreensão.
Respirar amor,confiança,Deus.

Respirar  ao beijar,
Respirar ao fazer amor,
Simplesmente respirar.
Respirar com você,
Cada oxigênio,
Marcados e ofegantes.

Respirar elogios,
Respirar críticas construtivas,
Respirar com você.

Respirar ajuda,
Respirar incentivo,
Respirar  com você

Respirar  ouvindo palavras divinas,
Respirar nas brincadeiras,
Respirar  em te conhecer,
Respirar no altar,
Com você.

Que talvez tenha chegado ou não,
Mas se chegar,seja por favor,
 Meu ultimo suspiro eterno.
Respirar  você.







quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Máquina do tempo - PARTE 1




Imagino-me
Parado naquela porta...
Tocando a companhia,
O cachorro latindo,
E eu à sua espera.

Vim de ônibus,
Demorou,
O ônibus quebrou
Mas seu amor chegou.

Na mala,
Um perfume no fim,
Uma escova de dentes,
E meu pano.

Com a mesma roupa que cheguei,
Dormirei,acordarei,
E esperarei ao amanhecer,
Pães assados,Um café pronto,
E um anjo a me amar.

Essa mesma,
 foi minha primeira viagem,
Na minha máquina do tempo.
Como é bom reviver,
as minhas eternas chegadas,
Com brincadeiras  e risadas.


Hoje,
Acordo sozinho,
No meu quarto,
Não so seu,
Os olhos marejados,
Meu coração faltando um pedaço,
E aguardo,
Novamente  voltar  no tempo

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Eu que não assisto mais televisão.



Aquela televisão,
A do meu quarto,
Quando abraçados,
Nos amávamos.

Filmes,séries,
Era ela que nos esperava,
Em finais de semana repletos de carinho.

Poderia eu proporcionar,
As melhores festas,
Mas ter você na minha cama,
Era o maior divertimento do mundo inteiro.

Não tenho o que falar.
Olho pra ela,
Olho pra cama,
E você não está.

Saudades,
Uma palavra que existe,
Por mais camuflada que esteja.
Na minha televisão,
Só passa filmes mudos e sem legenda.

E definitivamente não retrata o que sinto.


Mas sei que a decisão foi minha,
E que não costumo olhar pra trás.
Mas você faz falta,pequena.
E a televisão não ligo mais.



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O epitáfio do amor


É...
E mais uma vez,
Seus lábios,
Entregou-se a outro.

Acredito que falte a mim,
Vergonha na cara.
Pra pôr de uma vez por todas,
Um droga de fim.

Assinastes meu atestado de óbito,
E realmente espero que saibas o que fazes.
Transformando toda nossa história,
Em fezes.

Mas você cresceu.
A menina,
Virou mulher.
Desvalorizou-se com amizades mundanas,
E ficou feliz em uma família outrora insana.

Hoje na tua vida,
Tudo são flores.
Guarde essas mesmas flores,
Para pelo menos jogá-las no meu mármore.

Tu me verás por aí.
Mas não fales comigo.
A minha imagem será apenas um espectro...
...de lembranças de um menino,garoto,homem,
Que enfrentou tudo para te dar o que tu nunca tiveras.

O que tu tens agora,
São festas,barzinhos,encontros,
Os quais nunca te dei,
E com orgulho não darei.

Perguntam-me se lembrarei de você:
Absolutamente sim.
E voltarei a ficar com você,
Em outra vida,
Quando nós dois formos gatos.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Tolices





Um desinteressante encantador
Dispensável,e belamente despercebido.
Como se eu me importasse com as coisas,
Com alguém,ou comigo.

Sou o homem que toda mulher gostaria de ter.
Mas toda mulher que quer,
Não consegue ser mais presente que minha solidão,
Ou não compreendeu o óbvio.

Se Deus ainda não me levou,
É porque ele não vai agüentar ouvir,
Minhas amarguras de amor.

Meus planos para o futuro é...
Bem,quem se importa?
Os eventos,os show,sempre estarão cheios,
Eu não estarei neles,
E minha ausência não será sentida falta.

Ou vai dizer que você se lembra de mim?

Tolice,
Deixa eu tomar meu copo de uísque,
Tocar minha boemia,
E quem sabe,
No meu mais desejado coma alcoólico,
Eu vá acreditar,
Que você se lembra ou se importa comigo.

Curta seus amigos,farras,e diversão.
O meu tempo aqui,resume-se a minha fiel companheira:
Minha solidão.


sábado, 6 de agosto de 2011

Eu voltei




Aos braços da boemia.
Uma roda de samba,
Uma cerveja,conhaque,
Uísque e muita nostalgia.

E nesse bar me sinto em casa,
Longe de mulheres que eu tive,
E que não as tenho mais.
E dos muitos amores falsos.

Estou longe de festas,
Badalação,
E tenho como companhia,
Meu violão,
Minha bebida,
Um bar qualquer,
E muitas lágrimas.

Não me tirem da solidão.
Não pretendo sair,
Se o fundo do poço é esse,
Acho  ótimo.
Aqui toca Nelson Gonçalves,
Bebida farta,
E outros bêbados a chorarem dores fartas de desamor,
Junto comigo,meu violão,meu copo,e minha nostalgia.

Sou desinteressante,
E assim quero ser,
Casei com a solidão,
E quando amanhecer o dia,
Tropeçando caminharei,
E dormirei
Em algum lugar.

domingo, 10 de julho de 2011

Ferrugens e diamantes

Eu sempre estive lá,
Com meus diamantes a te dar,
Comprados à prestação,
Em música ou em poesia,
E sem tanto dinheiro a pagar.


Lutei pelos seus estudos,
Te ensinei como não se deve fazer,
Comprei,com os mesmos diamantes,
Um briga com sua família,
Que tanto te aborrecia e a mim nada atingia.


Os diamantes que te dei,
Tinha minha dedicação,
Preocupação com seu futuro.
Tinha também uma outra família,
A minha,
Que te acolheu,
Com febre,ou dor,
Com caprichos,elogios,cortesia.
Isso seria algo contrário a amar?


Eu sei,
Um sentimento eu te dei,
Repleto de falhas.
Mas com um preço e um cuidado,
Iguais aos diamantes que te ofereci.


Então,eu obtive...
Ferrugem.


Ferrugem de julgamentos,incompreensão,
Uma muda canção,
Sem poesias,sem versos,
E um possível mentiroso na contramão.


As mesmas ferrugens,
Obtive de outra família,
A sua,
E o apoio nos meus momentos difíceis,
Às vezes foram tão rasos,
Quanto uma camada fina de...ferrugem.


As suas ferrugens,
Para mim,
Tem o mesmo valor que os diamantes que tu ganhaste.


Sei do seu sentimento sincero,mas imaturo,
E refletindo mágoas no meu coração oxidado.


Suas ferrugens,
São importantes na minha vida.
E os diamantes,
Pagarei,
Em silêncio.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Apenas uma ajuda de amor






Um homem de tantas declarações,
Tantos “eu te amos”
E que já protegeu tanta gente.
Um homem que já defendeu várias donzelas.
Contra  duras famílias
Contra todos,
Contra a tirania.
Que lutou pra ver uma mulher melhor na vida,
Que estudasse mais,
Que buscasse sempre  o melhor para si.

Ah...
Um homem com muitos defeitos,sim.
Mas cada mulher,menina,adolescente,
Pode dizer falando da mente,
Que teve seu idealizador,
Seu salvador,
Seu guia,
Ou apenas alguém que se importasse de verdade.

Umas reconhecem,
Outras não reconhecem,
Talvez porque o seu salvador,
Resolveu partir.

Calma donzelas,
A culpa não foi de vocês,
Mas esse salvador que vos fala,
Agora precisa ser salvado.

Preciso que alguém pegue na minha mão,
Que me socorra,
Que seja muito mais do que uma mulher,menina ou adolescente.

Que escreva,que fale, que leia,amor.
Compreenda-me,lute comigo.
Seja minha heroína,
Sendo minha droga que vicia,
Ou como diz Cazuza,
Seja meu pão e minha comida.

Seja minha mulher maravilha,
Salve a minha pátria,
Traga a cura,
Eu ainda tenho,
E meu melhor,
Será eternamente da minha salvadora.

À muito tempo,entrei em mares desconhecidos,
Ondas turbulentas,
Minha prancha já não agüenta,
E a cada dia me afogo mais,
Em desilusões criadas por um mártir que cansou,
De salvar moças da dor.
Seja minha Rifocina,
Cure minhas feridas,
Por mais que arda,
Mas quero arder,
Junto com você.

Faça diferente de tudo.
Descubra o amor em mim,com o tempo,
Faça um filho e me dê outra vida,
Se isso for preciso.

Já ouvi frases do tipo:
“Você me protege”.
Então seja o vento que me toca,
A água que me molha e
Proteja-me,
Por toda uma eternidade.

Você consegue?

domingo, 19 de junho de 2011

Por onde andam as rimas?










Em que lugar se encontra minha inspiração?
O que houve com meu sonhos em versos?
Por quê minhas palavras não fluem?


Eclipse,blecaute,amnésia,
Autismo,Sonolência,cefaléia.


Procurei por todos esses dias,
Respostas,
Escolas literárias,
Olhos multicoloridos.


Não sei,
Um dia falarei,
A lua aparecerá cheia,
Minha memória trará a coragem que preciso,
Vou ver o mundo,
Vou provar pra todo mundo,


Que tenho dentro de mim,
Algo que não é imundo.


E neste momento,
Sigo na minha outra dimensão,
Um sub-mundo por criação de minha autoria,
Sem fantasias,regalias e alegorias.


O carnaval virou uma orquestra sinfônica.
O barulho de pandeiros,virou o som de uma flauta,
E meu coração foi programado,
Pra seguir no piloto-automático.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Eu realmente não presto







Eu não me esforço?
Eu faço você sofrer?
Sério?
Também acho,sabia?

Tu queres um grande amor,
Então mereces,
 algo muito melhor do que eu,
Porque eu,
Eu  não tenho a menor consideração.
E no polissíndeto dos meus erros,
Estou escrevendo e rindo,
Por mais  uma vez,
Ser olhado com olhos injustos.


Não.
Sabe Hitler?
Um anjo comparado a mim.

Curioso,
Geralmente meu pior,
São pessoas bem específicas que conhecem.

Sou grosso,
Não dou atenção,
Sou possivelmente da boemia,
De bares e de muitas mulheres.

Não,nem tanto.
Nem todos,
Ou todos os defeitos possíveis.

Eu que achava ser o príncipe encantado...
Mas me disseram: - Não, você não é.
Mas eu sigo dizendo que sou,
Poderia ser o Shrek
Príncipe e ogro.

Bem,
Acho que eu não mereço ninguém.
Ou alguém que já foi de outrem.
As coisas boas que eu fiz,
Não foram retratadas,
O que fica é um tapa,
E não uma declaração.

Certo,
Estou me criticando,
Re-afirmando,
Mas não posso dizer,
O que não sou,
E se de mim você não gostou,
Não agradou,
E pretende desistir,
Como diz Cazuza,
Tudo isso faz parte do meu show.
Sugiro você também rir,
E procurar algo melhor,
Pra ti.


Mas essa poesia não terminou.
Eu presto,se você me enxergar com os olhos de uma águia
E sem me tocar com uma picada de Escorpião.

Sou simples,
Sou sonhador,
Preocupo-me com o melhor pra pessoa.
E tenho muita coisa boa pra mostrar.

Uma pena,
Muita gente,
Comprou guarda-chuva,
Esperando a chuva.
mas a chuva não veio.

Acho que até você que está lendo,
Já deve ter me visto de verdade,
Não preciso de aperto de mão.
Com as suas mãos,
Tampe os seus ouvidos,
E não ouça falarem da chuva,
Compre o protetor solar,
Já vai nascer o sol,
E vamos nos amar.

Sou bom,
Não sou nada demais.
Sou apenas único.
Meus defeitos ninguém tem,
Minhas virtudes também,
E a Deus por isso falo: Amém.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Em qualquer lugar...



Em qualquer lugar...
Deixa eu colocar,
Penetrar,
Deixa eu entrar,
Com toda intensidade,
Desejo,Vontade...
... Insaciável de te possuir.

Deixa eu colocar,
Penetrar,
Deixa eu entrar,
Com todo carinho,
Afeto e amor,
Onde o sexo é amor.

No seu quarto,
Na sala,
Dentro do carro,
Presos num armário,
Nas ondas do mar,
No balanço do seu corpo junto ao meu,
Que é o seu lugar.

Em cima de mim,
Embaixo de mim,
E ouvir você dizer: - Vem pra dentro de mim.

Seus sussurros,
Você pedindo mais,
Chegando ao clímax,
Nossos suores se misturam,
Nossos fluidos se fundem.

Você treme de amor,
Você não quer parar,
A cama já balança,
O sofá arrasta,
O chão arranha.

Minhas mãos passando pelos seus seios,
Minha boca em todas as partes de ti.

O mundo se acabou,
E só restou,você e eu.
Nosso desejo,
Ganhando do nosso medo,
Nossa excitação,
Nos  acordes de todas as canções,
E ao terminar,
Não perder tempo ,
E sim,vem de novo.

E eu irei,
Irei sempre que seu corpo me chamar,
Que seu amor me chamar,
E quando suas pernas se entrelaçam ás minhas,
Chamando-me novamente,
Para o encaixe perfeito.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Maiorias e minorias






E quem são as maiorias?
Quantas faces?
Quantos tipos?
Quantas fases?
Tudo incontável.

Não sabem o que são,
Uns não sabem o que querem,
Ter ou não ter,
Querer homem ou mulher.
Ter ou não ter fé.

Tem a maioria,
Que sempre tem do que reclamar,
De um trabalho,
Da escola,ou da faculdade.
Do namorado,do pai,do noivo,do marido,do amigo.
E quando está tudo bem,
Chora sem motivo algum.

A maioria parece até que busca uma maneira,
De achar com consciência,
A própria tristeza.

Uma maioria,
Com idade geralmente,
Menos de vinte e poucos anos
Que deseja conhecer alguém,
Mais experiente,
Com seus vinte e muitos anos.
E mesmo tendo o que sempre quis,
O mesmo adulto que a maioria conseguiu,
Será também motivo de reclamar,
De dizer: Não está bem.

A maioria que deseja,
Seu príncipe encantado
Mas elas,
Não passam de rãs.
O sapo com um beijo,virá príncipe.
A rã,com mil  beijos,sempre será uma rã.

A “grande” maioria,
Que não sabem escutar,
Pedir explicação com delicadeza,
Ter discernimento.
Dane-se o mundo.
Elas vão preferir ficar só,
Ou beber e farrear.

A maioria quando não concorda,
Não se sente bem,
Prefere dar um fim,
À namoros,amizades e afins.

Eu,
Fico na parte mais rejeitada.
A minoria.

Minorias pobres,pobres minorias,
Que nos enganamos por muito,
Somos vítimas,
De uma maioria,
Que ama e desama,
A cada decepção ou surpresa.
Que eleva o presente,
E rebaixa o passado,
Mesmo sabendo que um dia,
Nós seremos o passado também(talvez),
E podemos ser rebaixados.

Apesar de tudo,
A maioria acha ou finge que é feliz,
Felicidade verdadeira,
Está com uma minoria,
Nos enganamos sim,
Nos jogamos pra pessoas(a maioria),
Que nunca estará satisfeita conosco.
Mas sabemos levantar após cair.
Temos sempre o dever cumprido,
E sempre daremos a volta por cima.

Sem lágrimas,
Sempre sorrindo.
As adversidades que a maioria traz
Não nos atingirá,
Nossa felicidade  é infinita,
Um viva,à minoria.

E você?
É o que?

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Nota-me






Será que meu sacrifício foi em vão?
Meu romantismo todo foi ao chão?
Sim ou não?

Eu ainda existo sabia?
Tens meus números?
Eu tenho seus números,
Até o número que você calça,
E me lembro de todas as vezes,
Que tirei sua calça,
E te amei.

E eu nem sei,
Nem sei como continuar esses versos,
Melhor meditar,
E sussurrar,
Para que algum anjo me traga você.

Não tenhas amnésia,
Saia da festa,
Fique séria,
Me telefona,
Me manda um telegrama,
Me enxerga,
Com ou sem ênclise,
Escreverei até você não me esquecer.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Meio amargo por fora,doce por dentro






Poderia ao menos te levar pra aula?
Te ver não é tão fácil,
Te ter me parece um pouco longe.

Mas eu sigo você,
Nas brechas de estradas sinuosas.
Estudando Bansky,
E sendo o próprio artista,
Criticando os falsos amores.

Poderia eu,
Firmar uma parceria,
Portinari e eu,
Você me beijando num museu.

Como vai você?
Suas aulas?
Seus dias?
Sua curvas,
Que espero um dia percorrer.

Platônico?
Não,
Minha vontade de ter você,
É forte,
E Não precisa de um tônico.


Esses dias
Quase não falei com você,
Tenho até seu número,
Mas todo príncipe encantado,
Chega na hora certa
Como deve ser,
Pra você jamais esquecer.

Você já deve ter tido algo
 grandioso de alguém...
Mas como diz o mestre Cazuza,
Eu serei pouco
Eu só preciso ser teu pão e tua comida.
E antes de dormirmos dizermos amém.

O que é o amor?
Descobriremos.
Afinal,
Merecemos.

Não fiques surpresa,
Terei uma vida inteira,
Pra te conquistar
O dia inteiro,
Todos os dias,
Dessa nossa difícil vida.

Vida louca,
Espero que ela me leve,
Junto com você.

Quem sabe o mar me traga você,
Numa prancha,
Sentada na areia,
Caminhando por aí,

O que importa,
É ser seu primeiro,derradeiro e eterno.

Pra mim,basta.

sábado, 16 de abril de 2011

Difíceis tempos atuais




Vejo desamores,
Rancores,
Competições,
Falsas dores.

São incompreensões,
São perdas de valor,
Um não-reconhecimento,
E trovadores caindo no esquecimento.

Pra um trovador como eu,
Resta viver,...
...Como réu,
De um mundo atual gritante,
Alarmante,decepcionante.

Seria quase um milagre,
Uma moça milagreira,
Sem milacria,
Sem ser desordeira.

Ela traria risos,
Paz,planos,
Mal falados,
Bem feitos.

Se o milagre não aconteceu,
Do mundo atual irei rir,
Achar tudo normal,
Dizer um “tudo bem”,
E no silêncio pegar meu trem,
Pros valores que ainda existem.

Eu não quero pessoas interessantes,
Eu quero uma interessante e mil deselegantes.
A minha elegância é a dois,
Meu melhor está guardado,
E não são pros dias atuais.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Minhas verdades agressivas




Falei,gritei
Num instante raro,
Inoperante árduo.


Poderia ter ficado calado,
Deixado tudo de lado,
Ser feliz como um belo otário,
E rir com as rosas de primavera.


Mas era tarde,
Quando despejei mágoas,
Fins e afins.


E foi de tarde,
 Já entrando na madrugada,
Daí sumi.
Aparecendo no meu próprio calabouço.


Afinal,
Por que raios abri meus lábios?
Deveria eu ter raciocinado,
E ter racionado,
Meu rancor.


Odeio minha sinceridade,
E tenho pavor das palavras,
Que deveriam se calar pra eternidade.
Fingir é arte.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quando caem as paredes de aço







São infinitas tentativas
Infinitas promessas
Infinitos desejos,
Mas com uma força finita.

Não pensem que sou de aço,
Posso até ser,
Mas não resisto a um fim.

Sim.
Não resisto a um “acabou”,
Não resisto a maus tratos,
Não resisto a dor.

Principalmente se tudo isso,
For algo repetitivo.
Aí meu sonho torna-se meu próprio castigo.

Perco paciência,romantismo,
Decência ,
E sou repleto de intransigência.

Sigo levando ou carregando,
Cruzes bem mais pesadas do que eu possa carregar.
Por paixão,por amor,
Sei lá.

Não se trata de infelicidade,
Se trata de não se tratar de nada,
Semelhante a uma estafa.

Eu realmente depois de fins,
de lutas que não venci,
Perco-me no meu próprio conto.

É como se eu fosse pra outro planeta,
Ou simplesmente sequei um litro e meio de vodca num bar para decadentes.
Como se meus dentes voltassem  a ser de leite,
E eu me sentisse uma criança
Que a  preceptora diz amar,
Mas que não reconhece
 o esforço dela aprender a andar,
Ou aprender a amar.

Eu realmente preciso,
Necessito,rogo,
De cuidados.

Lá ao longe vejo uma dama me olhar confusa,
Difusa,
Sem o menor reconhecimento meu do rosto da desconhecida.

Estranha,as paredes da minha fortaleza caíram,
E já que você me achou no chão,
Não preciso que você me ame,
Apenas me leve para longe,
De tudo que meu trovadorismo não compreendeu.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

No meio da ponte









Ligando meu coração ao meu cérebro,
Conectando meu emocional ao meu racional,
Tenho minha ponte.

É bastante alta,
E sempre está chovendo,
E sempre estou no ensopado.

O caminho do cérebro é uma descida,
Calma  e tranqüila,
Racionalmente leve,
Brisa leve no meu rosto ao descê-la.

No fim da ponte,
Banquinhos de uma velha praça inglesa,
Com uma pilha de livros,
Possivelmente pra ler com alguém,
E viver feliz com esse alguém e seguir a lógica.

A lógica,
Tão tola como seu significado.
Eu sou inlógico.
Certo,não existe essa palavra!
Assim como também não existem regras,mesmice,metodismo e claro, a lógica,
Para mim.

Então,
Decidi dar meia volta e subir.
Vi outra descida,
Cheia de buracos,
E Obstáculos.

E no final dela,
Um belo jardim,
Com as flores mais belas,
E os espinhos mais dolorosos,
Para mim.

Decidi por fim,
Subir,
Ficar no meio da ponte,
Sentei,pensei e decidi.

Já sei pra onde irei,
Mas por hoje,
Sentado aqui,
Permanecerei.