Noiteando,
E meus versos...
Quem diria...
Pagodeando.
Um sambinha aqui,
Um encantamento ali,
E a frase que não saiu da minha cabeça...
“A pessoa que mexe comigo é você.”
E é diante disso,
Do proibido,
Do desinibido,
E do químico.
Vai tocando o pandeiro,
E deu uma louca no poeta,
Que samba pela donzela
Meio desengonçado,claro.
No surdo,
Que seus lábios me
deixam,
Mais surdo ainda,
De prazer.
E fui no pagode,
No pixotear,
No modernismo,
De um trovador feliz.
Talvez eu nem tenha as vestes adequadas,
Numa noite um tanto diferente,
Acredito que nem estou sabendo me expressar,
Diante do inusitado e desconhecido.
Os tempos atuais nem são tão ruins,
Basta saber dançar,
Saber pagodear,
E comigo você a noite toda,
Rimar,rimar e rimar.
Minha amiga diria:
Poeta,tu não te ajeitas?
Minha querida,
Meus versos são momentos,
E os momentos são de um bom e velho samba.
É aproveitar e girar a moça no salão,
Caprichar nos versos,
Que chegarão pisoteando a tristeza.
Desse jeitinho,ou não.
E nem me pergunte o porquê dos versos,
Chegaram sambando,
E cheios de alegria.
De onde vem é o de menos,
O que importa,
É pra onde me levarão.