quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Sou o mesmo perdedor


 Absolutamente o mesmo,
O mesmo de sempre,
Que acreditou em você,
Que achou que sua oração era forte.

Foi dose...

Mas eu sou o mesmo de sempre,
O que quer ser pai,
Desesperado em casamento,
Buscando sair de tormentos,

É, lamento.

Muitos versos entregues à tantas damas,
Tantas promessas fiz,
Mas nenhuma cumpri.
E com você segui.

É, perdi.

Sou um excelente perdedor,
Mas não sou rastejador,
Nem irei me humilhar,
Como o teu passado.

É fato.

Sou forte,
Tenho fé,
Mantenho meus planos,
Mas não mendigo amor.

Com dor.

Sou o mesmo,
Que espera ser um dia valorizado por alguém,
Escolhi como esse alguém você,
Mas vejo que desperdiças tudo com seu jeito.

Fui avisado,com efeito.

Mas entre tiaras de bebê,
Sapatinhos,
Sonhos e planos,
Esperando por você sou o mesmo,

O mesmo perdedor que todos conhecem.
E todos esperam por isso.

sábado, 19 de outubro de 2013

Dispensado no seriado da vida.


Apenas uma simples madrugada,
Onde em você não restou nada,
E em mim restou meu fim,
Meu triste fim.

Achei casualmente essa garrafa de uísque.
Talvez para você seja mais interessante,
Até cair no meu quarto de tanto beber,
Do que mulheres a me cercar sem eu querer.

Vamos! Continue seu massacre.
Ainda está pouco,
Falta esquartejar,
Pois dilacerado meu coração já está.

Afinal, vai ver que a data 30,
Representa o número de punhaladas,
Que irei receber,
De toda a sua "certeza".

A dor que eu sinto,
É a mesma dor de um começo,
Repleto de desconfiança,
E de ausência de esperança.

Precisamente Uma hora e quinze minutos.
Noite lenta, sono que não chega,
Fotos que se apagam,
Tristeza que me acompanha e me deseja.

Óbvio que ao ler,
Você não irá se comover,
Como uma sentença,
Dirá que sou da história o inocente.

Ao menos as minhas falhas,
Renegadas por ti,
Fazem-me companhia,
Na condenação que sofri.

Vida que segue.
Aliás que vida?
Sim, você se apaixonará por outro,
E achará outro defeito em outrem.

Ficarei então,
Com as promessas que fiz,
Para alguém que me descartou.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Poeta em pranto.




Até quando?
Me empurrarás?
Julgarás?
Pisarás?
 
Se é pra ir embora,
Irei com fé,
Força,
E foco no desconhecido.
 
Achas mesmo que mereço?
Achas mesmo que minhas lágrimas são vãs?
Achas mesmo que podes achar,
Alguém tolo como eu?
 
Escutas,
Aqui eu não fico.
E falo o que for preciso,
Pra me defender de teus castigos.
 
Falas de paixão,
Sem nem conhecer o que de fato é.
E açoita o pobre trovador,
Com orgulho ferido de uma mulher.
 
Perdão Deus,
Mas eu não permito,
Que meu trovadorismo,
Seja ferido.
 
Eu vou, eu fui, e sempre irei.
Assim será, assim partirei.
 
Sejas educada,
Dê boa noite ao menos,
Ou boa tarde,
Ou adeus.
 
Exagerado?
Talvez, Cazuza morreu feliz.
Morrerei também.

 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Gravado, tatuado, encravado.


Apagam-se as luzes,
Os postes,
As luminárias,
Os candelabros e velas.

A noite cai e caio em teus braços.
Numa moldura do teu quarto,
Coloco-me em teus passos,
Pronto pra me entregar.

O paraíso é tua cama,
As nuvens, são os lençóis,
E se chover,
É apenas o nosso suor.

Não sei mais se sou teu flerte,
Namorado, amante,
Amigo , conflitante,
Apenas sei... que sou você.

Teus cabelos negros,
Passeiam pelo meu corpo,
E o incenso do quarto,
É nosso cheiro.

Nada será mais romântico,
Simples e objetivo,
Do que meu cheiro encravado,
Nos teus lençóis.

Na colcha da tua cama,
Na tua coxa,
Dentro de você,
No teu íntimo mais casto.

E se eu morrer,
Que tenha encravado em teu peito,
Em tua alma e no teu queixo,
Eu por inteiro.
 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Não-Alcalino






Ácido sulfúrico superado pelos meus medos.
Sigo minha acidez,
E minha solidão,
Repleta de nudez.
 
Não participo do seu mundo,
E o de muita gente.
Retiro-me então,
Imediatamente.
 
Talvez,
No meu cantinho,
Acuado, calado,
Eu possa ser básico.
 
Nunca neguei,
Sou, e serei desinteressante.
Portanto, pego minha mochila,
E fico ausente.

Eu desapareço,
Com a mesma velocidade,
E intensidade,
Que desapareço.

Sou esquisito, improvável,
Poeta,
Por muitos intragável,
E completamente dispensável.
 
 

domingo, 14 de julho de 2013

Barcos que partem, barcos que chegam.


Talvez seja isso mesmo.
Que eu vá a casamentos,
Junte amigos,
Aconselhe as pessoas.

Posso ser um viajante,
Que peça pra alguém segurar a máquina,
E tirar meu retrato,
Com ninguém.

Não acredito ser,
O homem certo na hora errada,
Eu sou certo, em todas as horas,
Pra ficar sozinho.

E eu escuto,escrevo,
Mas não sai nada.
Não tenho ideia,
Apenas vejo barcos.

Eles chegam e saem. 
Eu sentado no porto,
Coloco meu chapéu,
E espero outra embarcação.

Que provavelmente partirá,
Sem partir meu coração,
Até porque,
Não se parte o que está vazio.

O mar leva,
O mar trás,
E eu sigo a sina,
Já com meus cabelos brancos,
E o meu não-ainda.

E apesar de tudo,
Olho pras águas,
E vejo refletivo meu sorriso,
Deus, eu ainda existo.

 

sábado, 13 de julho de 2013

Sou uma utopia disfarçada.


Tudo utopia,tudo.
Da idealização trovadoresca,
Ao abismo pitoresco,
De uma sociedade grotesca.

Não entendem o básico,
Pois convivem com o nada.
Desconhecem o profundo,
Pois só nadam no raso.

Acham que pode ser drama,
Mas fazem da vida de um trovador,
Um estranho,
Um desconhecido.

Vejo balões num salão,
Uma festa, uma comemoração,
Sentado na cadeira estou,
Incompreendido, sem devoção.

Com chaves na mão,
Sem portas para abrir,
Sem sol para aquecer,
Sem chuva pra molhar.

Queria eu desistir,
Mas a desistência,
Desistiu de mim.

O entendimento é nulo,
A solidão é minha.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

A espera do trovador.



Estou aqui deitado,
Na rede da mesma cor que sonhei...
...em ser o vestido de noiva,
De alguém.

Contrariando a lógica,
Sou eu quem espero a princesa,
No seu cavalo branco,
Pronta pra me socorrer da inércia que seja.

Acredito, confio e sei
Que sou um tolo também,
Fazer o que?
Se o maluco resolveu escrever?!

Talvez se eu  voasse,
Morreria voando,
Sem lugar pra pousar,
Sem saber o que é amar.

Acho que não sou ninguém,
E sei que não chegou ninguém,
Não ficou ninguém,
E até a tristeza,
Que abraçou a esperança,
E foram embora também.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Tenho uma ideia pra mudar tua vida.





Cazuza foi feliz no que falou,
E segui no pensamento do cantor,
Um sonho, um único amor,
De uma vez por todas sem dor.

E eu vou te dar outra vida,
Aliás vou te dar duas vidas,
E quem sabe até três,
Quatro, cinco ou seis.

Te darei meu coração,
E mais um ou outros,
Que crescerão dentro de ti,
Todos batendo por você.

De pernas pro ar,
De ponta cabeça,
Tudo mudará,
Pra ficar de vez no lugar.

Muitos trazem carinho,
Outros incertezas,
Alguns alegria,
E eu te darei um filho.

Nosso,
E eu venho me preparando há séculos,
Milênios e décadas,
Pra se eu não estiver perto,
Uma parte de mim estará.

Eu necessito ficar acordado,
Pra ver nosso filho dormir,
E estar ao seu lado,
Enquanto eu existir.

Desculpe,
Não trouxe flores,
Pois teremos 9 meses,
Pra cultivar um jardim inteiro.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Amorosamente indisposto .



Estou distante,
Distante de tudo.
Restando-me o fingimento.

É com meus versos,
Que realmente me aproximo,
Do que realmente sinto.

Talvez hoje seja uma noite chuvosa,
Talvez faça sol de noite,
Talvez minhas lágrimas molhem o sol.

E se me perguntarem o porquê,
Receberão  meus risos,
E não mais do que isso.

Por mim todo dia seria segunda-feira,
E eu não sairia da cama,
Recebendo apenas visitas regulares,
Das linhas que compus.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Uma dança, uma música e nós.




Pegue na minha mão.
Enrosque seus dedos nos meus.
Não seja apenas mais uma,
E eu serei todo seu.

Começou a música,
Você me gira no salão,
Não seria a princesa guiada por um patrão?
Não.

É você que me guia,
Ensina, sussurra,
Ao som da sanfona,
Do seus passos e da zabumba .

Piso no seu pé,
Você morde meus lábios,
O suor vai aumentando,
Já me sinto em seus braços.

Acredito que sou um bom aprendiz...
Aprendiz de forró,
Iniciante no amor,
Embaixo do seu cobertor.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Corpo que fica,alma que sai.





Embora daqui.
Correr,para bem longe.
Não consigo mais disfarçar,
Crer, acreditar.

Minhas palavras antes controladas,
Saem como um devaneio,
Um retroperistaltismo desenfreado,
Mágoas levadas com o vento.

E esse mesmo vento,
Levou meu romantismo embora,
Minhas doces palavras,
Meu trovadorismo.

Ficou um projeto,
O projeto de homem,
De quase – casado,
De poeta enfadado.

Deus às vezes muda seus planos,
E é isso que eu espero.
Ao menos ele me leve logo,
Isso seria mais generoso pra mim.

 Dona Oliveira certa vez tentou me confortar,
Em vão, pois custa eu acreditar,
Que algum dia,
Minha vida romântica vai mudar.

Talvez ela se esqueça,
Que acha que conheceu tudo na vida,
Enganou-se novamente a audaciosa jovem.
Que sequer acredita no que ela mesma fala.

 Então,
Melhor partir.
A vida é boa de longe
Esperar mais pra que?

Externamente existo,
Internamente adeus,

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Ofereço-te



Sabe o nada?
É de onde eu estou saindo.
E sabe para onde eu vou?
Para onde eu não sei.

Ocorrem tempestades,
Ventos que destroem tudo,
Premonições que acabam o mundo,
Tantas e tantas vezes.

São feridas, são mágoas,
Tristeza, decepção,
Ignorância, desprezo,
Lamento.

Sou infeliz?
Com toda certeza não,
E eu  vou explicar a terna justificativa.

Merthiolate cura férias?
Sou um frasco de tamanho gigante.
Maracujina  acalma a mente?
Tenho uma plantação disso no meu coração.

Eu consigo fazer,
Uma moeda de 1 centavo,
Valer mais do que,
O conteúdo da carteira do Eike Batista.


E não me fale de mágica, pois é justamente o amor,
Que faz derrubar tudo que impeça a felicidade.
E disso caro leitor,
Eu entendo eternamente ,profundamente e lealmente bem.

Eu já vi o fim do meu mundo,
O fundo do meu poço,
E lá no fim,
Eu via nascerem as mais belas flores.

Sim,há vida no fim.
O fim, é o começo de tudo.
Todo romântico sabe disso,
E quem ama tem como cartilha este ensinamento.

Não sou um por quê,
Sou o porquê,
Que até não seria nada,
Sem ajuda do cara lá de cima.

Depois de três baldes,
Cheios de lágrimas,
Um frasco minúsculo de sorriso,
Valerá muito mais.

Poderia ser meu sobrenome,
‘Recomeço da silva’,
Mas isto representa muito mais:

Representa que eu sou o cara,
Que tenta ser humildemente,
O melhor para ti.

A inexistente salvadora do salvador.


Um certo poeta escreveu um dia,
 "Esse cara sou eu".
Para uns, uma grande letra,
Para outros, uma tremenda asneira.

Aprendi de berço,
Que os homens devem ser heróis,
Heróis da sua companheira,
Ajudar, defender, lutar, à sua maneira.

Como todo super-herói tem suas falhas,
Eu tenho as minhas,
Mas nunca deixei,
De salvar o mundo,ou,
Salvar o coração de alguém.

Mas os heróis merecem alguém,
Os caras especiais também,
Os trovadores, e até,
Os pobres românticos em extinção.

Então pergunto:
Por onda anda,
Minha heroína,
Minha mulher maravilha?

Pode até não parecer,
Mas necessito também de ajuda,
De cuidados, de proteção,
De lutar comigo, ou por mim.

Mas por onde anda esta iluminada?
Confesso estar com cabeços brancos,
Dormindo facilmente de cansado,
E Beirando os trinta.

Será que ela existe mesmo?
Ah...tem aquela linda loura,
Sabe falar bem, conversa...
Mas pensa como as outras.

Tem também aquela morena,
Que tem paciência...
Mas julga,
E não me protege das vossas excelências.

Talvez "a prometida",
Venha de marte,
Ou seja um avatar,
E venha toda de azul me amar.

Acredite,eu poderia escrever a noite inteira.
Entretanto, meu desgosto me faz parar de criar.
Talvez eu tenha cansado de ser um mártir,
Ou aquele velho poeta, brincalhão e sorridente.

Já ensinei muito,
Já ajudei muito.
Gostaria apenas de um pouco,
Do que sempre ofereci,
Mas nunca tive.

Salve-me, dona.