Que sorte em enxergar,
De dentro e sentir o mar,
De fora e com toda força,
E de verdade alguém amar.
Querida anônima,
Enxergas como eu,
Com os olhos de dentro,
Deixando seu corpo ser jogado
contra a rajada de
vento.
Também sou assim,
De enfrentar tudo, todos,
De cegar os olhos,
Amando intensamente,
Alguém que não és tu.
A pessoa que me entreguei,
Só enxerga com os olhos de fora,
E acabou perdendo a hora,
do romance.
Queria muito,
Que apenas uma pessoa
Me olhasse com a alma,
Bem devagar e com calma.
Mas isso não aconteceu,
E alguém achar que amarei outrem,
Será meramente,
Engano seu.