quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Planos abstratos


Ele passeia mas não segura a sua mão,
Você meramente olha pro chão,
e eu assistindo a tudo,
como um drama na televisão,
impossível de você imaginar,
que por você iria no abismo mais fundo.

Da árvore próxima caíram folhas,
uma delas eu segurei,
com cuidado a massageei,
imaginando seus dedos no meu entrelaçados,
querendo que você te tire de perto,
quem te deixa de lado.

Ele peguntou hoje como foi teu dia?
Creio que não.
Eu só em casa, como sempre...
perguntando em versos se você está bem,
e tentando ouvir a resposta,
daquela música que lembro de você, também.

Chove forte lá fora,
estás coberta?
Quero eu estar aí pelo menos em espírito...
neste nosso universo restrito.

De vez em quando,
em conversas soltas nos falamos,
entre sonhos e planos,
tudo não sai do por enquanto.

E assim segue nosso destino.
Não creio que somos infelizes,
Apenas, com duras penas,
não somos juntos felizes.


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Mais ninguém

Ninguém mais,
fará eu existir,
pois é com você,
que me sinto vivo.

Das pessoas desejei,
mil horas de afago,
mas apenas sobrevivo ,
a esperar os seus abraços.

No teu jardim,
cheiros me entorpecem,
enquanto mil outras flores,
querem que eu te esqueça mas não conseguem.

Dizem por aí,
que nninguém é igual a ninguém,
mas nem na sua sombra as pessoas se parecem,
e isto é verdade também.

E por mais que o tempo passe,
que eu case,
talvez sem você,
antes disso acontecer eu infarte.

Só seu ar,
purifica e preenche meu lugar,
esteja eu onde eu estiver,
impossível a amnésia de não te encontrar.

Aliás, não preciso estar perto,
de mim estás dentro,
ocupando meus pensamentos,
pra sempre minha calmaria e meu tormento.