domingo, 23 de maio de 2010
O tudo em 23,o todo em 1
Poderia eu fazer mil perguntas,
A maioria delas ,fajuntas.
Mas fico a me perguntar,
Cada frase,
Cada escolha,
E o que se passa em tua cabeça.
É verdade,
Que em 23 horas do dia,
Ignoro-te com bastante ousadia.
Menosprezo-te com minha indiferença,
A qual você conhece muito bem.
Nessas 23 horas,
Vejo o quão você é fracassada.
Como amante,namorada,amiga,companheira.
Contudo,
Entretanto...
Algo me incomoda.
E hora hora,
Que completa as 24?
O que eu faço?
O que eu penso?
Acredite!
Alías,
Dane-se se não acreditar.
Mas é nessa hora
Que revivo tudo com alegria,
De você lembro com nostalgia,
Sinto saudades,
Lágrimas incontidas,
Vontade de recomeçar...
Do zero,
E contar até o infinito.
Ouço nossas músicas
Observo-te de longe...
Fico quieto,em silêncio,
Duro como um tungstênio.
E tudo é tão silencioso como a grandiosidade do todo.
Lógico que nessa hora,
Sei que você merece,
Meu amor antigo e sincero...
Mas lembro-me dos seus devaneios
Amizades infames
Coração em derrame...
Finalmente esta hora termina
E começam as outras 23 horas,
E agora mando você se danar,
E termino esses versos com um romantismo de amargar.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Meu cigarro de todo dia
Sol Escaldante
Dor nos ossos,
Rastejante,
Me levanto,
Sobe poeira.
Tomar café,ovos, bacon.
Mas aqui não tem nada,
Sinto cheiro,
Cheiro dos restaurantes,
Que vou passando...
E vou desejando...
E vou acordando...
E vou pra feira trabalhar.
Carrego caixas,
Frutas...
...vendo,
Mas por mim,
Eu estaria comendo mesmo.
Mão no bolso,
Achei!
1 tostão,um cigarro.
Queria eu ter 100 tostões e um maço.
Mais caixas,
Mais frutas,
Mais vendas,
Mais fome.
Nessas horas,
Sinto saudade de Aurora,
Fumo,
E vejo minha preta,
Nas baforadas que exalam do meu peito.
Peito cansado,
Sol se pondo,
Um pedaço de pão,
Água com barro,
Quase me entalo,
Hora de dormir,
Que amanhã tem de novo,
Minhas caixas e meu cigarro.
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Créditos pela foto:Camila Rodrigues.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Dizem que sou louco...
Sou louco?
Talvez sim.
Uma grande amiga,
A Linda,
Me comparou a um saltar de um avião,
Sem pára-quedas.
Achei belíssima a comparação,
A idéia é essa.
Sou um furacão,
Um vulcão prestes a explodir,
Em amor,em raiva,em devaneios,em 'surtos'.
Nem tão complicado demais,
Nem tão simples assim.
Uma definição plena,
De um ser polêmico em atos,
E singular nos fatos.
Vivo como se fosse morrer amanhã,
E nessa loucura de viver,
Torço para continuar amando a ela,
Por todas as manhãs.
Amor esse,louco.
Louco,mas consciente.
Pés no chão,mas idealizado até as bodas de ouro.
Miolo-mole,tetéu,
Maluquinho...
E tantos outros apelidos.
Fazem-me de alguém,
Que sempre buscará,
A batida perfeita.
Caindo,tropeçando,
E se desculpando.
Rezando,
Pra alguém com a maior paciência do mundo,
Ir me mudando.
O paraíso é lindo,mas até ele,
Pés de urtiga me arranharão,
Dai-me coragem senhor,
Pra seguir meu doido e centrado coração.
Cumplicidade falida
Sabe os ideais de cumplicidade?
Esqueça-os.
São meramente ilustrativos.
E os contos de fadas?
Onde Romeu tinha como confessionário,Julieta?
É,isso foi há muito tempo.
Mas não na minha mente.
E o principe encantado,
Com meus castelos amontoados,
São derrubados,
Pela eterna falta de cumplicidade.
É triste saber,
Que não se fazem mais como antigamente.
Estou na década de 30
Vivendo só,
E alimentando algo que gostaria.
Sou antigo,
Sou pateticamente ultrapassado,
E isso se resume,
A um Romeu fracassado.
Restam-me os versos.
sábado, 1 de maio de 2010
Os extremistas e seu fim.
Um fim de solidão.
Um velho e louco cidadão,
À procura de um tostão,
Que levanta a pedir com a mão.
Somos mal compreendidos,
O que nos causa malifícios e castigos.
Pobre do amigo,
Que tenta me entender.
Fazemos e falamos,
Por impulso e com sangue nas veias,
Muitas vezes,
Sangues que jorram em vão,
Em hoteis com seus antigos corrimãos.
Amorosamente somos um Deus do amor,
Na indiferença somos o senhor da guerra fria,
E assim os dias passam,
Nas esquinas da vida.
Poderia eu,
Escrever versos diferentes,
Mas sabemos o que nos resta...
Aos extremistas,
A companhia da nossa sombra,
O entendimento das nossas lágrimas,
A compreensão da nossa auto-destruição.
Nessa guerra,
Vencemos como único sobrevivente,
Ou somos os primeiros a morrer,
Imperceptíveis,
Diante de uma sociedade "meio-termo.
Aos racionais,
Aos que conseguem bravamente conseguir o equilíbrio,
Minhas palmas serão pra vocês.
Vocês serão felizes,
E todos viverão como pessoas iguais a vocês:
Pacatas,sem surpresas e emoções.
Um infindável mundo sem graça.
Garanto,
Que até nossos sofrimentos,
São maiores do que vocês.
Aliás,
São monumentos colossais.
Pelo menos por isso,
Nos acharão belos.
Somos insuperáveis,
E assim como eles,
Meu fim será esse:
Versos,lágrimas e mais uma noite singular.
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