Estilhaços que ferem,
Que uma dor conferem,
Pontadas agudas no peito,
Na alma e na calçada.
Estilhaços de um vaso,
Quebrado com recordações,
Do volume mudo de nossas canções,
De um bem ou mal amado.
Estilhaços de uma taça,
Espatifada na parede,
E seu copo de aguardente,
Cheio de um amor dormente.
Estilhaços levados,
Pelo vento como poeira,
das coisas erradas que você cheira,
por aí numa sexta-feira.
Estilhaços de um botão,
Rompido pela pressa,
Do seu short tirado,
Naquele carro às avessas.
Estilhaços de tiros,
No vidro do meu quarto,
Atingindo apenas,
O meu ventrículo ao lado.
Que apenas em mim causou,
Desprezo e ,
Estilhaço.
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