É, você gosta de uma estrela, Daquela estrela, Imponente, vermelha, À tremular encarnadas bandeiras. Não sabes tu, amada, Que eu também tenho a minha estrela, Cabelos louros, compromissada, É meu beija-flor-estrela. Tenho ao meu favor, A chance de dar bom dia, boa tarde, Boa noite, por favor? Musa, admiradora de Lamarck, Mas em termos de evolução, Sou o próprio Darwin. E usarei evolutivamente estes versos, Pra tentar imitar de Djavan uma canção. Mesmo sabendo que isto não dê muito certo. O mais importante, é que toda vez ao vê-la, em retratos por aí, Salutar seja consonante, Desejar-te por aqui, Minha doce e infinita estrela.
Culpa sua, Deixei meu destino, Fiquei neste desatino Tornando minha esperança desnuda. Por onde andam seus conflitos? Seus devaneios ? Suas loucuras? Não vejo ninguém a chegar na rua Meu prazer em um silencioso grito. Perdi o seu nada, Seu carinho que parece cilada, Deixando minha torta estrada, Sem graça e sem lógica, embora Era tua explosão, Que me excitava, Nas chamas do teu vulcão, Naquele escuro do quarto iluminava. Agora zero me resta, Sozinho na vida da festa, Enchendo a cara, Da bebida que esvaziei a taça, Longe de mim, Ficastes nas orgias, Sendo de pessoas, alegoria, E eu de longe observando neste botequim. Outrora, Pelo menos tinha a certeza da sua insanidade, Da nossa finada realidade crua. Hoje somos metáforas, perto da deslealdade, culpa sua.