Os lençóis bagunçados,
No sofá, na cama, na cozinha.
Era meu corpo ao teu lado,
Atrás ou em cima.
Entre farpas, mágoas,
Palavras, retardadas,
Fiquei a esperar,
Um dia na tua porta de novo estar.
Em caminhos diferentes,
Tropecei nas pedras que criei,
E você tornou em teu ventre,
O desejo que contigo sonhei.
Não era meu,
não estava lá,
havia outro,
em meu lugar.
O silêncio ensurdecedor,
de uma distância ensurdecedora,
Fazem os sons mais surdos,
Se sucederem.
Meus dedos que tocam peles,
que não se comparam às tuas,
Brancas como a nuvem,
Vagando dissolutas.
Criamos muros,
Longos, putos,
Orgulhosos,
Desdenhosos.
Não te espero na esquina da vida,
Espero-te do fundo do meu coração,
À cada batida.
Talvez futuramente,
Nossos descendentes,
Tenham em mente...
De se juntarem e realizarem,
o que poderia ser você e eu,
Eternamente.
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